maio 19
Por que é tão importante ficar em casa durante a pandemia?

Por que é tão importante ficar em casa durante a pandemia?

Se você tem dúvidas quanto ao objetivo do isolamento social e os motivos pelos quais essa medida está sendo adotada em diversos lugares do mundo e do nosso país, fique atento a este post. Explicamos aqui porque ficar isolado das pessoas que você mais ama neste momento é a melhor coisa que você pode fazer pelo bem de todos e tiramos algumas dúvidas sobre o que é ou não recomendável durante este período.

Ficar em casa, no atual contexto de enfrentamento ao Coronavírus, é mais do que um ato de segurança, é um gesto de carinho com você mesmo e com todas as pessoas. O isolamento social é uma das principais recomendações da Organização Mundial da Saúde para combater a chamada 3ª onda do vírus, que diz respeito à transmissão comunitária entre a população.

Para entendermos melhor a lógica do isolamento e restrição social e sua importância, precisamos primeiramente entender o conceito de R0, que é o número básico de transmissão. Desse modo, entendemos melhor quantas pessoas um infectado pode contaminar. No caso da COVID-19, o R0 básico é estimado entre 2,5 e 3. Ou seja, para cada pessoa infectada, outras 2,5 a 3 serão infectadas. Isto leva a uma progressão bem rápida, em torno de 60.000 casos em 2 meses, e 14.551.915 em 3 meses.

Outro problema é que, como se trata de um novo vírus, praticamente toda a população mundial é suscetível à infecção. Como não possuímos vacina (reduziria o número máximo de pessoas que poderiam ser infectadas e reduziria o R0) ou medicamento curativo para a COVID-19, nossa única alternativa é o isolamento social.

O isolamento social reduz o R0, pois, cada pessoa, tendo contato com um número menor de outras pessoas, infecta menos pessoas. Com isso, há redução importante na velocidade de propagação da doença e, também, com menos pacientes graves ao mesmo tempo,possibilitando que o sistema de saúde consiga lidar com a chegada de novos casos.

Se com o isolamento social conseguirmos reduzir o R0 para ao redor de 1, ou seja, se cada infectado contaminar apenas 1 outra pessoa, o sistema de saúde conseguirá lidar de forma muito melhor com a pandemia.

Tenho um filho pequeno que sente falta dos avós. Tudo bem levá-lo para uma visita?

Definitivamente não. Os idosos são as pessoas com maior risco para desfecho ruim pela COVID-19, desfechos estes como sequelas graves, complicações e até mesmo óbito. Ao mesmo tempo, crianças tendem a ser portadores pouco sintomáticos ou mesmo assintomáticos, ou seja, podem transmitir o vírus mesmo sem sintomas, então este contato deve ser sempre evitado.

Quero me exercitar ao ar livre e levar o cachorro para passear. Posso?

O ideal é evitar quaisquer atividades que possam levar ao contato próximo com outras pessoas e ter cuidado com as superfícies. No entanto, tomando os devidos cuidados e limitando o tempo do passeio ou dos exercícios é possível, desde que você não tenha outras doenças ou esteja no grupo de risco.

Se o vírus circula no ar, mesmo com distanciamento social podemos nos contaminar?

O vírus, em situações normais, não circula no ar e sim em gotículas, como as produzidas quando tossimos ou espirramos. Em algumas situações específicas que ocorrem geralmente dentro de hospitais, o vírus pode, sim, circular “no ar”, como, por exemplo, quando um paciente está sob ventilação mecânica ou quando realiza uma inalação. As formas mais habituais, neste momento, para as pessoas se contaminarem, é por meio de superfícies e posterior contato com rosto ou olhos ou por estarem muito próximas de outras contaminadas.